A Cervejaria Cantillon, em Bruxelas, é um museu vivo. Aqui são produzidas, com equipamentos centenários, algumas das mais autenticas e raras cervejas do mundo, as lambic. Vendo as fotos abaixo, da pra entender...
É aqui que tem início a fermentação espontânea do mosto, com microorganismos presentes no ar e só existentes neste micro-clima.
Limpeza não faz parte do processo. Qualquer alteração nas condições locais pode alterar completamente as características da cerveja.
São anos de maturação em barris de carvalho.
Uma kriek sendo filtrada, para remover as cascas e sementes das cerejas adicionadas aos barris.
Mais alguns meses (ou anos) de maturação nas garrafas e está tudo pronto!
Admito que a impressão inicial é de estranheza e realmente não é uma cerveja fácil.
Mas é preciso "entender" a cerveja e apreciar suas qualidades. O potencial para harmonizações gastronômicas com essas cervejas é muito grande.
Provamos:
- Gueuze: alaranjada, cítrica e ácida (limão), leve amargor final.
- Kriek: a cor dessa cerveja é fantástica! Ácida, sabor de fruta, muito persistente, herbácea (taninos das sementes).
- Cantillon Iris 2007: boa espuma, carbonatação muito alta com perlage, muito ácida, seca.
- Cantillon Grand Cru Bruossella 2006: uma rara lambic, totalmente flat (sem carbonatação), aromas de maça, manteiga, ácida e persistente.
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