10/11/2009

Brasserie à Vapeur


A Cervejaria Vapeur foi sem dúvida o ponto alto e mais marcante de toda nossa viagem cervejeira. Ela possui características que considero fundamentais numa microcervejaria: produção artesanal (e manual), ingredientes locais, tradicão com inovação e, claro, sempre bons amigos por perto. Explico melhor.

Um antigo motor a vapor fornece energia mecanica para os equipamentos da cervejaria, como o moinho e os agitadores, o resto do trabalho é manual. Além da Vapeur, acredito que só existe mais uma cervejaria movida a vapor em atividade, a Hook Norton, que tivemos o prazer de visitar, na Inglaterra.




Na foto abaixo, a Vinciane, esposa do Jean-Louis Dits, dono da cervejaria, está esvaziando a tina de clarificação centenária, no braço! É marcante o contraste com a imagem brasileira de cerveria artesanal, toda em aço inox, motorizada e automatizada.


Quanto falo em utilização de ingredientes locais, nunca vi nada mais verdadeiro! A produção do dia utilizou lúpulo que cresce no muro da cervejaria, colhido na mesma manhã!



A mistura de tradição e inovação, com uma boa dose de ousadia, é percebida nas cervejas produzidas (e seus rótulos), todas com acidez muito pronunciada e notas de especiarias, usadas intensamente nas receitas.

Quanto aos amigos, eles são fundamentais na vida dessa cervejaria, que produz cerveja somente uma vez por mes, num Sábado. Eles vem de toda a região para ajudar e carregam sacos de malte, colhem lupulo, pesam especiarias .... e são recompensados com uma animada confraternização no final do dia!

Não acreditei que tivemos a sorte de aparecer justamente neste dia!

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